terça-feira, 13 de maio de 2014

NOVO BLOG: melhor e mais completo.

Por favor, visitem o novo blog: http://nuclearrats.blogspot.com

Com resenhas do mundo musical e cinematográfico. Mais maduro, mais completo e menos ácido. Enfim, melhor.

Abraços. E obrigado pela visita.

Tentarei realizar novas postagens assim que possível, aceito sugestões para filmes e músicas.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Critica: Bastardos Inglórios (Inglorious Basterds)




Título: Bastardos Inglório
Título Original: Inglorious Basterd
Direção: Quentin Tarantino
Roteiro: Quentin Tarantino
Ano de lançamento: 2009
Duração: 153 min.
Classificação indicativa: 18 anos


Certa vez, Francis Ford Coppola disse* que para fazer uma boa cena de ação ou você opta pelo memorável ou pelo excentrico.Tarantino optou pelo excentrico e faz um ótimo filme.
É de se imaginar que "Inglorious Basterds"(sim, é escrito de forma incorreta mesmo) não é de agradar a todos.Primeiro é pela já esperada sanguinolencia típica de Tarantino.E segundo, a distorção da realidade para o universo imaginário de Tarantino.Eu mesmo imaginei que o filme seria altamente violento, porém, não é tanto assim e não vi justificativas para a classificação indicativa de 18 anos.Poderia ser 16.
O filme (que concorreu ao oscar de melhor filme) tem um ótimo roteiro, longos diálogos, boas situações, surpresas, boa construção de personagens.Enfim, tem tudo.Vale lembrar que esses longos diálogos não deixam o ritmo parar(embora irá decepcionar os fãs de ação frenética) e consegue nos fazer prender a respiração até o ultimo momento.A direção de Tarantino é fantástica, rápida e objetiva.E observa a violencia hora de longe, hora de perto.Aonde podemos ver clara admiração de Tarantino no cinema de Leone, violência rápida e longos diálogos nos lembram dos clássicos "western spaghetti" de Leone.Isso sem contar a trilha sonora composta por Ennio Morricone. Além de utilizar-se de artimanhas exclusivas do cinema para explicar a história, com notas explicativas que dispençam o uso de flashbacks, setas para sinalizar as personagens, até o uso de algo do tipo de raios X.A edição do filme colabora com a direção e deixa-o com um ritmo e timing excepcional.Ainda vale lembrar as ótimas sacadas do roteiro como "agora podemos falar inglês" e um hilário "That`s a bingo!".
Outro ponto forte do filme é a trilha sonora composta pelo lendário Ennio Morricone(grande colaborador de Leone), que já nos faz lembrar dos clássicos western.As atuações são todas boas, com o austriaco Chisthoph Waltz falando 4 idiomas e uma ótima atuação o fazem merecer o Oscar desse ano.Brad Pitt exagera nas caretas, mas não deixa de ser engraçado o seu sotaque italo-americano.
Enfim, um ótimo filme, inesquecivel.Já o vi duas vezes e pretendo reve-lo mais.


*fonte: Comentarios de Coppola nos extras da trilogia em dvd/blu-ray de 'o poderoso chefão'.




Critica: Cidadão Kane (Citizen Kane)


Título: Cidadão Kane

Título original: Citizen Kane

Direção: Orson Welles

Roteiro: Orson Welles, Herman J. Mankievicz

Ano de lançamento: 1941

Duração: 119min.

Classificação indicativa: 12 anos

Sim.A obra-prima de Orson Welles.A obra máxima do cinema.
Assim podemos definir este que pode ser considerado o filme que criou o cinema moderno.Revolucionário em todos os aspectos: o primeiro filme em que o teto foi filmado, o primeiro filme a ser contado de forma não linear, o primeiro filme a utilizar lentes especiais em que objetos em primeiro e segundo plano ficam em foco(fato repetido por Kubrick em 'Nascido para matar') e várias outras.
Welles com apenas 26 anos criou o que é até o momento a obra máxima do cinema.Se você duvida, direi o por que: Cidadão Kane além de toda a revolução que fez, ainda conta com uma direção genial de Welles, dinâmica e que impõe um ritmo certo para cada cena (mérito da edição) além é claro de todo simbolismo imposto por ele nas imagens que permitem amplas interpretações, quase sempre utilizando-se da sombra claro/escuro (herança do cinema expressionista alemão nos anos 20) de forma sem igual.A direção ainda ganha méritos por ótimos posicionamento de câmeras e grande direção de atores.
Nas atuações o destaque vai para Welles em uma atuação monstruosa no papel do próprio Kane, que altera momentos de drama, fúria e superioridade em grande estilo.A cena do discurso de Kane para governador é impressionante a força transmitida pelo ator/diretor que é realmente assombrosa.Uma das mais memoráveis atuações do cinema junto com Marlon Brando em 'uma rua chamada pecado' de Elia Kazan, sem dúvida alguma .O resto das atuações estão boas a exceção de algumas fracas.Mas que não alteram em nada.
O roteiro(Welles e Mankiewicks) é outro grande mérito, com uma ótima trama, diálogos impecáveis e resolve o grande mistério do filme apenas nos últimos 30 segundos.Genial.Porém simples.Mas inesperado.O filme ainda conta com uma boa trilha sonora composta por Bernard Herrman, sem dúvida alguma um dos maiores compositores de todos os tempos.
O filme que concorreu na 14ª edição do Oscar concorreu a 8 premios incluindo melhor filme, direção, ator, roteiro entre outros.Ganhou o de roteiro.Mas vale lembrar que a premiação foi manipulada por um magnata da comunicação que processou Welles por achar o filme parecido com a sua vida.Mas, como dizem, o tempo faz justiça a arte e hoje cidadão Kane é considerado por muitos (inclusive eu) o maior filme de todos os tempos.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Critica: sindicato de ladroes(on the waterfront)


Título original: On the waterfront
Direção: Elia Kazan
Roteiro: Malcolm Johnson, Budd Schulberg
Elenco principal: Marlon Brando, Lee J. Cobb, Eva Marie Saint, Rod Steiger, Karl Malden
Ano de lançamento: 1954
Duração: 108 min.
Classificação indicativa: 14 anos

Um grande filme.É isso que 'On the waterfront' é.Não chega a ser excepicional ou fantástico.Mas um bom filme.Com um elenco inspirado.Brando esta ótimo, mas longe das suas atuações em 'Streetcar named desire' ou 'The godfather'.Embora tenha levado o Oscar de melhor ator.Outro destaque é a atuação de Malden, o reverendo.O roteiro também é ótimo mas deixa a desejar no fim, acho que a resolução poderia ser um pouco mais rápida.O ponto alto dos diálogos é a cena de Terry(Brando) e Charley(Rod Steiger) no banco de trás do táxi com a famosa frase "I coulda been a countender".Cena esta citada no fim da obra-prima de Scorsese 'Raging Bull'.A direção utiliza em sua maioria a camera parada, sem movimentos(apenas em algumas cenas).Além da grande sacada de encobrir o diálogo com o som do navio.Tem bons angulos, mas falta uma melhor agilidade, movimentação.Algo que poderia ser melhorado com uma edição mais ágil.É lógico que tem grandes surpresas e reviravoltas, todas feitas de forma competente.A fotografia é escura e procura focalizar-se na sujeira da cidade.Lógico que é para mostrar a degradação das personagens.No mais o filme é sem dúvida alguma ótimo.O filme levou oito cobiçadas estatuetas do Oscar em 1959, incluindo Melhor filme, ator, direção, edição e roteiro adaptado. Merece sem duvida alguma uma conferida.
Nota: 9,0

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

perfil cineplayers

Olá, disponibilizo para quem quiser, o meu perfil no site cineplayers.Com notas para os filmes que já vi, os meus preferidos e etc.O link é:
www.cineplayers.com/usuario.php?kastylho

sábado, 26 de dezembro de 2009

Critica: Avatar

Filme: Avatar
Direção: James Cameron
Roteiro: James Cameron
Elenco: Sam Worthington, Michelle Rodriguez, Nativos Na`vi do planeta Pandora(CGI)
Ano de lançamento: 2009
Duração: 160 min.
Classificão indicativa: 14 anos

Muito se falou sobre esse filme.Altas expectativas, promessas de uma revolução no cinema...Bom, tem sim algo de revolucionário em Avatar.É uma pena que sejam apenas os efeitos visuais.

O filme acompanha Jake Sully, fuzileiro naval paraplégico que vai para o planeta distante Pandora ajudar o exército norte-americano a extrair minerais preciosos.Para isso ele entra mentalmente e manipula o corpo de um nativo do planeta para infiltrar-se.

É, uma premissa bem interessante, porém mal aproveitada por um roteiro digamos no mínimo...decepcionante.O filme começa devagar, diálogos que não impolgam, má direção de atores...enfim, decepciona já nos minutos iniciais.Logo somos transferidos para o distante planeta.Tudo é jogado na tela de forma direta.Cameron constrói o filme e solidifica a base para depois explorá-la, mas a edificação do enredo poderia ser melhor.Sem dúvida alguma.Poderia ocorrer um pouco mais lenta, mais trabalhada.Talvez se conhececemos os Na`vi antes da exploração humana, ou quem sabe se houvesse algum motivo maior do que dinheiro para a extração do mineral de Pandora.
Em alguns minutos Sully(Worthington) manipula seu "avatar" conhece a tribo dos nativos e dai em diante é surpreendente o número de previsibilidades.Situações com diálogos previsíveis, reações previsiveis e o que mais você imaginar de previsivel.Além, é claro de um sem fim de clichês já batidos (desde discursos moralistas até a pífia redenção).

Mas e o que então resta do novo filme de James Cameron?Bom, os efeitos em CGI.Que, diga-se de passagem são realmente revolúcionários.Aonde os nativos Na`vi realmente expressam emoçoes nunca vistas por um "ser" feito de computação gráfica.Os avatares e as cenas do planeta Pandora são realmente o ponto alto do filme.Já que as atuações são fraquíssimas.De todo o elenco, sem exceções.

Cameron faz ótimas angulações e melhora a direção no decorrer do filme, perdendo-se em poucos momentos(vide as terríveis câmeras lentas).No mais o filme é sem dúvida um bom divertimento.Se ele leva o Oscar? Eu acho que não(e torço incansavelmente que não).Provavelmente será indicado a melhor filme e direção e levará para casa o de efeitos visuais e talvez o de direção de arte.Se você não liga para um final previsível e chato, e dá lugar a efeitos visuais estonteantes, vá correndo para o cinema.Se não, vá ver por sua própria conta e risco.

domingo, 15 de novembro de 2009

Crítica: Fellini 8 e 1/2 (8 1/2)

Filme: Fellini 8 e 1/2
Título original: 8 1/2
Direção: Federico Fellini
Roteiro: Federico Fellini, Ennio Flaiano
Elenco principal: Marcello Mastroianni, Claudia Cardinale, Anouk Aimeé
Ano de lançamento: 1963
Duração: 138 min.
País: Itália
distribuição em dvd video no Brasil por Versátil home video e Continental video.
indicações ao Oscar (Academy Award): Melhor filme estrangeiro (vencedor), Direção, Melhor Figurino em preto e branco (vencedor), Melhor direção de arte, Melhor roteiro original.
Classificação indicativa: 14 anos

Um filme no mínimo genial.É assim que podemos definir 'Fellini 8 e 1/2'.A trama do filme acompanha um diretor de cinema (interpretado por Marcello Mastroianni), que vive uma crise de inspiração e enquanto sofre com uma doença no fígado faz tratamento em uma fonte de aguás onde ali ele relembra fatos de sua vida e busca alguma inspiração.Bom o filme é sem dúvida alguma uma aula de cinema em todos os aspectos, desde a direção até a sensacional trilha sonora de Nino Rota (sim o mesmo compositor do célebre "theme from godfather").O filme se inicia como se fosse um sonho (pesadelo) com Guido(Mastroianni) dentro de um carro sendo sufocado, onde todos o observam sem fazer nada.Apenas o veem morrer, admirados.Nisso, Fellini nos mostra sua genialidade na comunicação imagética cinematográfica onde vemos o personagem impotente com a situação, sozinho, e tudo como um espetáculo voltado para o público que apenas admira a sua morte culminando em uma cena final que não sairá da minha mente tão cedo assim.No mais o filme também conta com uma sensasional trilha sonora de Rota que é inspiradora, a cena em que Guido chega a fonte de águas e Fellini com um leve passear de sua câmera define sem palavras os hóspedes do local e tudo isso ao som de "A cavalgada das Valquírias" de Wagner é realmente sensacional, e em seguida outra cena mais memorável ainda.Fellini esbanja inspiração em cada tomada, com movimentos suaves da câmera, muitas vezes até imperceptíveis (embora o título seja esse por falta de inspiração para um título melhor) onde coloca tudo em planos realmente icorrigíveis.Cada plano é de admirável beleza em sua composição e posicionamento da câmera, onde muitas vezes usa o close no rosto dos personagens simplesmente genial.O roteiro não podia ficar por menos, cada diálogo é essencial e indispensável com uma simples bricadeira sobre a produção de um filme.O filme ainda critica a repressão e influencia da igreja católica na arte de forma quase intríseca utilizando-se de poucos dialogos e mais imagens para a leitura.Além é claro da memórias do personagem que são como capítulos de sua vida que são realmente fantásticos que nos faz despertar um verdadeiro sentimento de nostalgia.A infância, as sua mulheresc e a educação católica são os principais temas.É com absurda destreza que Fellini tanto no roteiro como na direção constrói o filme de maneira simples, porém genial.As divagações do personagem (assim como todo o filme) beiram a verdadeira perfeição cinematográfica como instrumento de arte.O elenco está perfeito, Mastroianni esta exemplar e todos convencem muito bem.O filme é praticamente perfeito, não há erros, icorrigível.Desde a fotografia até a direção de arte colabora para este verdadeiro tesouro da sétima arte.Tudo isso e mais um pouco culminam em um final
memorável, simplesmente inesquecível que merece aplausos.O filme levou 2 Oscar e uma Palma de ouro no festival de Cannes.É uma pena Fellini ter perdido o Oscar de melhor direção para Tony Richardson por 'As aventuras de Tom Jones' no Oscar de 1964.Mas como dizem, o tempo faz justiça a arte.Tanto que '8 e 1/2' foi eleito em 2002 pelo Instituto Britânico de cinema por meio de uma pesquisa realizada entre diretores de cinema como o 3º melhor/mais influente filme de todos os tempos.Perdendo apenas para 'Cidadão Kane' (em 1º) e 'O poderoso chefão' (em 2º).Fellini era um gênio.'Fellini 8 1/2' além de genial é um filme quase autobiográfico de um cineasta que fazia cinema não pelo dinheiro, mas pela arte, "(...)seguir esta inclinação natural, a contar histórias por intermédio do cinema, histórias que fazem parte da minha natureza e que gosto de narrar numa inextricável mistura de sinceridade e de invenção, de vontade de chocar, de me confessar, de ser a moral, o profeta, a testemunha, o palhaço... de fazer rir e comover. (...)" (trecho do livro 'Fazer um filme', de autoria do próprio Fellini).Sem dúvida um dos mais belos filmes já produzidos.Obrigatório para qualquer um que goste pelo menos um pouco de cinema.Nota máxima para um clássico mais que absoluto da sétima arte.Gostaria de falar mais sobre o filme mas duvido que alguém ainda tenha saco de ouvir tantos elogios (merecidíssimos diga-se de passagem).Fica aqui então a expectativa para o musical 'Nine' dirigido por Rob Marshall (Chicago) baseado no clássico de Fellini, que estreia em 29 de janeiro aqui no Brasil.Contando no elenco com Daniel Day-Lewis, Penélope Cruz, Nicole Kidman e Sophia Loren.Resta saber se fará jus ao filme original...

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